Dois anos depois, Edwards confessa: "Sou o pai"
Frances Quinn Hunter nasceu vai fazer dois anos, mas até agora não teve pai.
O homem que a concebeu, um destacado político americano casado e empenhado em chegar à Casa Branca, renegou-a várias vezes e deixou que um dos seus conselheiros tomasse o lugar de pai aos olhos do público.
Mas ontem John Edwards assumiu a paternidade.
Num comunicado à Associated Press, o democrata afirmou: "Sou o pai da Quinn. Foi errado dizer que ela não era minha filha. Tenho esperança que um dia, quando ela perceber, me perdoe".
Edwards revelou que tem sustentado financeiramente a filha desde sempre e que chegou a um acordo com a mãe da criança, a realizadora Reille Hunter, para continuar assim.
Filha da amante
Frances nasceu a 27 de Fevereiro de 2008, o que quer dizer que foi concebida a meio de 2007.
Nessa altura, Hunter era amante de Edwards e uma das empregadas na sua campanha. Meses depois deixou o emprego.
Edwards foi candidato à vice-presidência no ticket John Kerry, em 2004, quando os democratas perderam para a dupla George W. Bush e Dick Cheney.
Em 2008, apontou baterias à Casa Branca, mas nas primárias democratas foi trucidado por Hillary Clinton e Barack Obama.
Só em Agosto desse ano, definitivamente afastado da corrida, Edwards admitiu o caso extra-conjugal. Mas negou a paternidade da criança.
Na altura, Andrew Young anunciou que era ele o pai de Frances.
O assessor escreveu um livro sobre o caso amoroso de Edwards que será publicado no próximo mês.
Arrependido
A mulher de Edwards, que lutou contra um cancro durante a campanha, anunciou que vai ficar ao lado do seu marido, apesar de ter sido traída.
Mas Elizabeth acrescentou que "a criança é parte da vida de John, não da minha".
A terminar a sua declaração Edwards, escreveu: "Para todos os que desapontei ou magoei, as minhas palavras não chegam, mas eu estou arrependido".